O Brasil entra na onda da proteína fortificada e o setor agropecuário se movimenta

Após a consolidação nos EUA, a tendência da proteína adicionada chega com força ao Brasil, com consumidores cada vez mais interessados em itens ricos em proteínas.

No cenário varejista, surgem produtos variados com adição de proteínas, desde barrinhas e bebidas até doces e refrigerantes, além de redes especializadas em moda.

No coração financeiro de São Paulo, investimentos estão sendo direcionados para negócios voltados à saúde, incluindo o segmento das proteínas. Gestoras já se dedicam a investir em saúde e bem-estar, com aporte recente em uma rede de shakes proteicos.

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O mercado de proteínas adicionadas já movimenta cerca de R$ 2 bilhões no Brasil anualmente, segundo a Euromonitor, causando impactos no agronegócio, com indústrias e produtores buscando aprimorar a qualidade do leite, o que resulta em um aumento nas importações.

A demanda por proteínas extras cresce no país, impulsionada pelo aumento do consumo e pelas preocupações com a nutrição. A indústria de alimentos, especialmente a de lácteos, responde ao apelo do mercado, lançando produtos enriquecidos em proteínas que afetam toda a cadeia produtiva.

Mercado de US$ 9 trilhões no mundo

Pesquisas recentes nos EUA mostram que a maioria dos americanos está ampliando o consumo de proteínas adicionadas e buscando ativamente por snacks enriquecidos em proteínas. A indústria de laticínios responde ao aumento da demanda, investindo em produtos proteicos e expandindo seu portfólio para atender aos consumidores.

Empresas como Grupo Piracanjuba e Nestlé Health Science, citadas em estudos da Euromonitor, já estão se beneficiando do mercado de proteínas adicionadas no Brasil, com inovações em suas linhas de produtos voltadas para a saúde e o bem-estar.

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Além disso, marcas como Danone e Danone Mais também estão adaptando seus produtos para atender à demanda crescente por proteínas adicionadas entre os consumidores brasileiros.

Das barrinhas à água gaseificada

A tendência das proteínas adicionadas tem se expandido para diferentes categorias de produtos, desde barrinhas de proteínas até refrigerantes e água gaseificada. Redes sociais têm impulsionado essa adição de proteínas em diversos alimentos, e algumas empresas, como a We Protein, estão investindo nesse mercado promissor.

Estratégias de investimento estão sendo direcionadas para empresas que atuam nesse segmento, com a criação de fundos focados em bem-estar e saúde, como a Moriah. Marcas nacionais e internacionais estão se adaptando a essa tendência, lançando produtos enriquecidos em proteínas no mercado brasileiro.

Proteínas viram tese de investimento

Empresas como a Rebels Ventures têm investido em marcas de produtos enriquecidos com proteínas e preveem um crescimento significativo no faturamento. O setor de bem-estar e saúde tem apresentado um crescimento expressivo, impulsionado pela busca dos consumidores por produtos mais saudáveis e nutritivos.

Grandes indústrias do setor lácteo também estão se adaptando à demanda por proteínas adicionadas, fechando parcerias e investindo em novos produtos para atender às necessidades dos consumidores em busca de alimentos mais nutritivos.

Mudança de paradigma da porteira para dentro

No campo, a indústria tem mostrado cada vez mais interesse em produzir leite com maior teor de proteínas para atender à demanda do mercado. A adição de proteínas, geralmente proveniente do soro do leite, tem impulsionado esse mercado e incentivado a melhoria da qualidade do leite produzido no Brasil.

Programas de qualificação de produtores e investimentos em tecnologia e genética animal visam melhorar a produção de leite no país, reduzindo a dependência de importações e aumentando a autossuficiência na produção de proteínas adicionadas.

Empresas como Danone e Nestlé têm programas de qualificação de produtores para melhorar a qualidade do leite produzido no Brasil, com foco na sustentabilidade e na oferta de produtos mais nutritivos e saudáveis para os consumidores.

A Piracanjuba, por exemplo, irá inaugurar uma fábrica no Paraná para produzir concentrados de proteínas de soro de leite, acompanhando a tendência da suplementação de proteínas no mercado.

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By Inovação Agro

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